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sábado, 9 de junho de 2012

Válvulas podem voltar ao mercado em formato ‘nano’


Uma equipe de engenharia da NASA vem desenvolvendo o que poderá ser uma versão miniaturizada e híbrida das clássicas válvulas a vácuo, tão famosas e vitais em décadas passadas quando o assunto era tecnologia.
Mas usuários e consumidores de artigos tecnológicos que tenham apenas algumas décadas de vida poderão questionar a necessidade do retorno dessas “lâmpadas” incandescentes. Os mais novos, ainda, com certeza se perguntarão: afinal, o que seria uma válvula de vácuo? Vamos explicar o por quê de tanto fascínio por estes componentes.
6L6Válvulas: ainda presentes e com grande potencial (Foto: Reprodução/Mesa Boogie)






A tecnologia
Válvulas termoiônicas são bulbos de vidro (bastante semelhantes à lâmpadas com filamento incandescente) nos quais em seu interior é conseguido o estado de vácuo. Alguns modelos, utilizados em altas potências contém em sua porção interna algum tipo de gás.

Válvulas eram a tecnologia utilizada para amplificação de sinais em aparelhos como rádios, TVs e outros, até a substituição dessa por transistores, mais baratos e eficientes em determinadas aplicações. Apesar de terem sido parcialmente colocadas fora de uso entre as décadas de 50 e 60, em alguns segmentos, como os de amplificação sonora de instrumentos (guitarras, baixos e demais) e o de reprodução de áudio em alta fidelidade (Hi-Fi), elas ainda são um artefato muito bem-vindo (e caro). A razão você entenderá mais à frente.
Novas aplicações
EL34Válvulas EL34 em um amplificador Marshall JCM 800 série 2203 Kerry King Signature (Foto: Reprodução)
O engenheiro do centro de pesquisas da NASA em Moffett Field, Meyya Meyyappan, advoga que a busca por uma nova variante das válvulas a vácuo deu-se devido à necessidade da NASA em proteger os computadores que vão para o espaço. O problema: o volume de radiações encontradas por lá.
Conforme relata Meyyappan, um PC da NASA com válvulas seria basicamente o mesmo que nós usamos em casa, exceto pela necessidade de blindar os componentes contra os efeitos nocivos dos raios cósmicos. A nova válvula seria, portanto, uma mescla entre a tecnologia transistorizada e valvulada, dando aos equipamentos uma boa velocidade de transmissão – cerca de dez vezes mais rápida que a conseguida em transistores de silício – e resistência radioativa.
Essa resistência radioativa, falando nisso, é um dos grandes motivos pelo qual as válvulas são usadas até hoje em equipamentos de áudio. Com poucas ou nenhuma interferência de sinais e ruídos externos, é possível obter um som muito mais limpo que o produzido pelos transistores.
Voltado à NASA, um diferencial marcante entre essa válvula nanotecnológica e as tradicionais à vácuo é a dispensa desse ambiente para o funcionamento, já que o espaço interno é reduzido a ponto de evitar colisões entre os elétrons em trânsito e demais átomos que estariam presentes.
Esta nova geração de válvulas miniaturizadas ainda está em processo de desenvolvimento e otimização, já que alguns contratempos ainda estão sobre a mesa de projetos da equipe da NASA, como a redução da voltagem necessária para fazer esses nano transmissores funcionarem sem gastos exagerados de energia. Entretanto, as perspectivas a médio e longo prazo são ótimas, podendo proporcionar boas economias ao dispensar a proteção extra de peças de computadores contra radiações e talvez viabilizando a confecção de equipamentos mais rápidos e eficientes. ...e quem sabe a volta daqueles bons amplificadores.
Hi-FiAmplificador valvulado de aparelho de som Hi-Fi (Foto: Reprodução)









Fonte original Science Mag.

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