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segunda-feira, 16 de março de 2015

Grupos musicais conciliam cultura popular e alta tecnologia

Os grupos artísticos Orquestra de Laptops e Seu Estrelo e o Fuiá de Terreiro animaram a Sala Plínio Marcos da Funarte, em Brasília, em apresentações musicais que antecederam a transmissão de cargo no Ministério da Cultura nesta segunda-feira (12).
 
Sentados no chão e com o uso de nove laptops e amplificador, a orquestra apresentou uma composição elaborada especialmente para o evento: "Improviso Holofractal Número 20".

(foto ao lado: A Orquestra de Laptops apresentou composição elaborada para o evento. (Foto:     Elisabete Alves e Janine Moraes)

A composição misturou uma série de canções da música popular brasileira de Pixinguinha a Luiz Melodia, passando por Rita Lee, Villa-Lobos, Caetano Veloso e João Gilberto.
 
A base de criação do grupo é a partir do software elaborado pelo regente da orquestra, Eufrasio Prates, que desenvolveu o sistema "htmi", que transforma os movimentos corporais captados por uma webcam em sons.
 
Com dois anos de existência, a orquestra tem como meta se tornar uma escola e permitir que jovens carentes possam aprender música com novas tecnologias.


 
"Tivemos uma receptividade muito boa do público hoje, muito calorosa. A classe artística comemora a volta do Juca ao Ministério da Cultura por ter alguém preocupado com aquilo que precisa de apoio governamental e fazer com que a arte digital e contemporânea tenha espaço", avaliou Prates.
 
Após apresentação da orquestra, foi a vez do batuque e cortejo do grupo Seu Estrelo e o Fuiá de Terreiro animarem o público. Inspirados no Cavalo-Marinho e Maracatu, o grupo criou um ritmo próprio, do samba pisado e o mito do calango voador.
 
Na performance, música e teatro com figuras do cerrado se misturaram. Além de personagens como Sereia e Caçador, estava presente a Esperança, elemento simbólico do atual momento político.
 
"É muito importante para a gente estar aqui e levantar a bandeira da cultura popular. O ministro Juca Ferreira carrega isto com ele, uma proposta cultural para a cidade", afirma Isaac Nunes, 34, um dos fundadores do grupo e responsável por cantar e tocar alfaia.

(Foto ao lado: Seu Estrelo e o Fuiá de Terreiro entraram em cortejo e apresentaram seu    batuque. (Foto: Elisabete Alves e Janine Moraes))
 
Rodrigo Magalhães, carinhosamente apelidado de Tico, também foi um dos fundadores. Chegou de Pernambuco com o mito do calango voador e com a batida do samba pisado na cabeça. Após fazer oficina, conheceu Isaac e outros amigos. Juntos, fundaram, o grupo há dez anos.
 
"Somos muito ligados à cultura popular e também formamos um ponto de cultura. A ideia era criar com esse grupo uma tradição para a cidade. Estar aqui é uma grande honra", afirma Tico. "O retorno de Juca é um alento para a cultura popular. A sua gestão foi transformadora, sobretudo para a cultura popular", conclui.