Além das surpreendentes possibilidades sonoras que surgiram a partir da música concreta, estas vieram acompanhadas de interessantes desenvolvimentos em máquinas e ferramentas voltadas à controlar o som, começando com o denominado phonogene, agora recriando em Max/MSP.
Basicamente se tratava de máquinas que podiam realizar funções que alteraram a vida dos compositores: poder alterar a velocidade das fitas de gravação, abrindo assim um panorama novo onde o pitch, a duração, o ataque e diversas características dos sons podiam ser afetados com as ferramentas em questão. Mesmo sendo um processo que hoje em dia se faz com alguns cliques do mouse, na época do GRMC (Groupe de Recherche de Musique Concrète) foi um acontecimento fenomenal e transcendente. De fato a modificação do pitch e o tempo dos sons é ainda uma das técnicas mais essenciais em tarefas de desenho sonoro e experimentação musical.
Agora vamos ao software. Um desenvolvedor chamado Tristan Shepherd criou o Phonogene 1.2, um programa que busca modelar um phonogene real, simulando um gravador de fitas de três canais e permitindo controle sobre a velocidade e posição, e fazendo uso de elementos externos do Max programados em C.
O programa permite gravar a entrada do computador na "fita" e depois oferece opções para modificar e alterar a reprodução, conseguindo assim diversos tipos de efeitos que incluem sons de delay tradicional, looper varispeed, efeitos de time-stretching e alteração de pitch, ou como o criador adiciona: qualquer combinação pouco convencional dos ditos processos.
O Phonogene 1.2 está disponível para download gratuito no site oficial. Funciona somente em Mac.
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